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» Umbanda / Candomblé

HISTÓRIA REAL DA UMBANDA NO BRASIL

Muitas pessoas nos perguntam: porque falam tanto da Umbanda, e esquecem as outras religiões?
Perdão! Não é que esqueçamos as outras religiões, é a “Umbanda” considerada por todos da FEB como “Carro-Chefe” da Entidade Federativa e, ela precisa ser bem divulgada, não só por nós, mas por todos que se diz professar a Umbanda como religião, outra: a Umbanda, com certeza, é a religião mais nova do Brasil, e para que possamos assumir patamares maiores, se torna necessário maior divulgação.
Sabiam que é também a religião mais discriminada em toda face do planeta terra? È por isso que necessitamos divulgá-la cada vez mais e, se depender da FEB, ela será sempre a mais divulgada.
Por exemplo: você conhece os verdadeiros parâmetro da Umbanda? Conhece-se e tem algo a dizer, para somar, aos nossos poucos conhecimentos, vá até o Link “contato” e mande a matéria para nós, se o nosso departamento, após analisar o texto e achar válido, com certeza será publicado em nosso Boletim Informativo denominado “Gente Mudando”.

Texto retirado de uma fita gravada por Zelio Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas

Quando falamos da Umbanda no Brasil, com certeza não podemos esquecer de quem a recebeu e transmitiu a quem quisesse dela participar. Nos aqui na FEB, não podemos tomar de direitos de posse de quaisquer artigos que aqui se torna público, mas sempre citamos as fontes de pesquisa que nos chega através da Net, ou mesmo pesquisas em livro que atualmente existem muitas distorções a respeito da sua criação e colocação em prática os seus rituais. Para que possamos sugerir a leitura com atenção e a colocação em prática, todos os textos passam pela nossa divisão de “Pesquisas sobre Religiões”, onde contamos com valiosas representatividades, como o comentário que citaremos abaixo:
História da Umbanda

Fita 52 – Zelio Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas
Comentários de Alexandre Cumino
“Durante o período em que estava organizando o material e escrevendo o livro “Hitória da Umbanda”, foi chegando muito material em minhas mãos, alem do que já dispunha por meios de anos garimpando em sebos e sites de busca, sobre registros antigo de nossa religião. De tudo que consegui que consegui coletar, sem dúvidas, um dos matérias que mais me impressionou foram as gravações feitas com Zélio Moraes e o Caboclo das Setes Encruzilhadas, por Lílian Ribeiro da TULEF. Uma cópia das entrevistas, feitas por ela para o Jornal macaia, me foi entregues por Mãe Maria de Omolú, da Casa Branca de Oxalá. Duas destas gravações foram colocadas na íntegra no livro “História da Umbanda” junto com mais dois fragmentos de outras gravações. Tive a oportunidade de ouvir estes áudios junto de Lydia Cunha e Leonardo Cunha dos Santos (Neta e Bisneto de Zélio de Moraes), atuais dirigentes da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o que foi uma grande emoção. Os textos são longos, mescla-se, ora a voz de Zélio e ora a voz do Caboclo das Sete Encruzilhadas, Zelio já está com idade avançada e ainda assim é possível perceber, no timbre de sua voz e na pronúncia, determinação, convicção e fé em cada palavra. Foram editadas algumas partes do texto original, por uma questão de espaço físico, o que não quebra nem muda o contexto ou mensagem que fala por si mesma e não deixa dúvidas com relação ao conteúdo que se faz expressar nas palavras do “pai da Umbanda” - como bem coloca Pai Ronaldo Linares.
A gravação abaixo (fita 52), foi realizada em novembro de 1971, 63º aniversário da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e da Religião da Umbanda no Brasil. Gravação feita por Lílian Ribeiro para o Boletim Macaia (Informativo da TULEF), para desta gravação já foi transcrita tembem pelo autor Jota Alves de Oliveira em seu título Umbanda Cristã e Brasileira (Ed. Ediouro, s,d.). O desta foi escrito para muitos outros informativos e publicaçãoes. Na abertura da gravação ouvimos o pnto de chamada do Caboclo das Sete Encruzilhadas  (“chegou , chegou com Deus, Chegou, Chegou o Caboclo das Setes Encruzilhadas”). O texto começa com Zélio de Moraes falando “ao meu lado está o Caboclo das Sete Encruzilhadas”, a impressão que dá é que ele está ouvindo e repetido as palavras do Srº. Sete Encruzilhadas, para logo em seguida este lhe tomar a frente da comunicação. “Este é um dos poucos registros em que, de forma direta e incisiva, é abordada a criação e o nascimento da Religião de Umbanda, por seu idealizador e praticante primeiro:”
Durante o período em que estava organizando material e escrevendo o livro “História da Umbanda”, foi chegando muito material em minhas mãos, além do que já dispunha por meio de anos garimpando em sebos e sites de busca, sobre registros antigos de nossa religião. De tudo que consegui coletar, sem duvida, um dos materiais que mais me impressionou foram às gravações feitas com Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas, por Lilia Ribeiro da TULEF. Uma cópia das entrevistas, feitas por ela para o Jornal Macaia, me foram entregues por Mãe Maria de Omulu, da Casa Branca de Oxalá. Duas destas gravações foram colocadas na integra no livro “História da Umbanda” junto com mais dois fragmentos de outras gravações. Tive a oportunidade de ouvir estes áudios junto de Lygia Cunha e Leonardo Cunha dos Santos (Neta e Bisneto de Zélio de Moraes), atuais dirigentes da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o que foi uma grande emoção. Os textos são longos, mescla-se ora a voz de Zélio e ora a voz do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Zélio já está com idade avançada e ainda assim é possível perceber, no timbre de sua voz e na pronuncia, determinação, convicção e fé em cada palavra. Foram editadas algumas partes do texto original, por uma questão de espaço físico, o que não quebra nem muda seu contexto ou mensagem que fala por si mesma e não deixa duvidas com relação ao conteúdo que se faz expressar nas palavras do “Pai da Umbanda” – como bem coloca Pai Ronaldo Linares.
 
A gravação abaixo (Fita 52) foi realizada em Novembro de 1971, no 63º aniversário da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e da Religião de Umbanda no Brasil. Gravação feita por Lilia Ribeiro para o Boletim Macaia (informativo da TULEF). Parte desta gravação já foi transcrita também pelo autor Jota Alves de Oliveira em seu no título Umbanda Cristã e Brasileira (Ed. Ediouro, s.d.) e desta foi para muitos outros informativos e publicações. Na abertura da gravação ouvimos o ponto de chamada do Caboclo das Sete Encruzilhadas (“Chegoou, Chegoou com Deus; Chegou, Chegou o Caboclo das Sete Encruzilhadas”). O texto começa com Zélio de Moraes falando “ao meu lado está o Caboclo das Sete Encruzilhadas”, a impressão que dá é que ele está ouvindo e repetindo as palavras do Sr. Sete Encruzilhadas, para, logo em seguida este lhe tomar a frente da comunicação. Este é um dos poucos registros em que, de forma direta e incisiva, é abordada a criação e o nascimento da Religião de Umbanda, por seu idealizador e praticante primeiro:
Queridos irmãos, ao meu lado está o Caboclo das sete Encruzilhadas para dizer a vocês que esta Umbanda tão querida de todos nós, fez ontem 63 anos, que na Federação Kardecista do estado do Rio, presidida por José de Souza, conhecido por Zeca e rodeado de gente velha, homens de cabelos grisalhos. Um enviado de Santo Agostinho chamou meu aparelho, me chamou, para sentar a sua cabaceira. Trazia uma ordem, fora jesuíta até aquele momento, chamava-se Gabriel Malagrida, daquele instante ele ia criar a Lei da Umbanda, onde o preto e o caboclo pudessem manifestar. Porque ele não estava de acordo com a Federação Kardecista, que não recebiam pretos nem caboclos. Pois se o Brasil - o que existia no Brasil eram caboclos, eram nativos - se no Brasil, quem veio explorar o Brasil, trouxe para trabalhar, para engrandecer este país, eram os pretos da costa da África, como é que uma Federação Espírita não recebia caboclo nem preto?
           
Então disse eu, disse o espírito, amanhã na casa de meu aparelho na Rua Floriano Peixoto 30, será inaugurado uma Tenda Espírita com o nome de Nossa Senhora da Piedade, que se chamará Tenda de Umbanda, onde o preto e o caboclo pudessem trabalhar.
           
Houve balburdia embora eles reconhecessem a mediunidade que eu trazia, mas eu era muito moço pois tinha feito 17 anos e por doença fui levado a federação, porque os médicos não me davam jeito.
           
Então este espírito que nós chamamos, O Chefe, o Caboclo das sete Encruzilhadas, implantou na federação, chamando aqueles senhores, todos de cabelos grisalhos, senhores de responsabilidade, para assistirem a sessão na Rua Floriano Peixoto nº 30. E o presidente da federação perguntou:
­_ E o meu irmão vai acreditar que lá tenha alguém amanhã?
A minha resposta, a resposta do caboclo:
“_ Botarei no cume de cada montanha que circula Neves, uma trombeta tocando, anunciando a existência de uma tenda espírita onde o preto e o caboclo pudesse trabalhar”
           
Foi a 15 de Novembro de 1908, no dia 16 de novembro a nossa casa ficou cheia, e eu posso dizer aos meus irmãos, só fiz levado por este espírito que é o nosso guia porque eu não queria aceitar, eu estava sem saber, achando uma coisa extraordinária. Eu ia assumir uma responsabilidade de ter uma Tenda Espírita, de receber um guia pra fazer que os doutos, doutores fossem lá, buscar a cura de seus entes queridos. Pois meu irmão, tudo isto fiz eu, o meu anunciar da tenda foi tomar o meu aparelho e começar a produzir, a curar aqueles que estavam lá, ou fosse por isso, ou fosse por aquilo, mas Deus que é sumamente misericordioso levou um cego e outras pessoas, como também paralíticos, na Tenda da Piedade, na minha frente, eu disse à vista de todos: “Se tem fé levanta e caminha, porque quando chegar perto de mim estarás curado”. (Aqui é possível perceber grande emoção na voz de Zélio)...
 
           
[...] “_ Você, feche os olhos para a casa dos seus vizinhos, feche a boca para não murmurar com quem quer que seja não julgues para não ser julgado, pense em Deus que a paz entrará na sua casa.”.
 
[...] Por isso meus irmãos, criei sete tendas na Capital da Republica no Distrito Federal, a 1ª foi criada e entregue a nossa irmã Gabriela, mais tarde 2 anos ou 3 anos depois passei para José Meireles, que foi também, que era um deputado federal, que foi em busca de cura de sua filha... Enfim, criei sete Tendas.
 
[...] Depois de elas funcionarem, depois de tirar os médiuns dessa tenda (Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade) para que os médiuns pudessem trabalhar em outras tendas, formadas estas tendas vamos criar a Federação de Umbanda no Brasil. Chamei Idelfonso Monteiro, Maurício Marcos de Lisboa, Major Alfredo Marinho Ravache, hoje General, era major naquele tempo, enfim, botei 5 pessoas para se fazer a Federação de Umbanda no Brasil (FEUB - Federação Espírita de Umbanda do Brasil, que seria mais tarde UEUB – União Espírita de Umbanda do Brasil).
           
[...] Mais tarde a Tenda da Piedade continuou a trabalhar contando com a assistência deste aparelho que falo, continuou a produzir, a curar, porque a cura de loucos nestes 63 anos, trabalhando para uma casa de saúde, que os médicos nos procuravam, ia a nossa casa, a casa do meu aparelho para pedir, para saber quais os loucos que tinham cura, dando os nomes e apontando: “_ Esse, esse, esse e esse tem cura, os outros não, porque esses são atuados por espíritos e nós vamos afastar estes espíritos e a maluquice passa.”.
 
Veio então mais tarde à formação de um jornal de propaganda para a nossa Umbanda (Jornal de Umbanda), ai contamos com o secretario da tenda, Luiz Marinho da Cunha, contamos com Leal de Souza e outros que eram fervorosamente espíritas, pelas coisas que ele sentiu e pelas coisas que ele recebeu, das graças de Deus, transmitidas por nós a sua pessoa. E meus irmãos, a Umbanda continuam, nasceu em 1908 na Federação Kardecista de Niterói, está lá escrito, presidida por José de Souza, que conheciam por Zeca que era chefe do Toc Toc... Em Niterói... José Tavares, José enfim uma quantidade (de pessoas) que está tudo escrito.
 
E a Umbanda começou em 1908 na Federação Kardecista de Niterói! Hoje, a Umbanda está em todos os estados porque médiuns daqui saíram para o Rio Grande porque não pude levar o meu aparelho lá, mas levei ao estado do Rio, levei a São Paulo onde criei mais de 20 tendas, em Minas, enfim, no Espirito Santo também tem, de curas que fez lá e foi necessário se fazer tendas espíritas da nossa Umbanda querida nestes estados.
 
[...] E é preciso ter muito cuidado, haver moral, para que a Umbanda progrida e seja uma Umbanda de humildade, amor e caridade. É esta a nossa bandeira. E acreditem vocês meus irmãos, acreditem vocês, que neste momento me rodeiam diversos espíritos que vem trabalhando na Umbanda do Brasil.
 
Por que havia necessidade, não vim por acaso não, eu trouxe uma ordem uma missão, porque venho há muito tempo dizendo aquilo que ia acontecer, desde o terremoto de Lisboa em 1755[1] até este momento e tudo aquilo que eu dizia que ia acontecer acontecia.
 
Pois bem sejam humildes tragam amor no coração, mas amor de irmão para irmão porque as vossas mediunidades ficarão muito mais limpas e puras úteis a qualquer espírito superior que possa baixar. Que os vossos aparelhos estejam sempre limpos, que os vossos instrumentos estejam sempre afinados com as virtudes que Jesus pregou na Terra para que tenhamos boas comunicações, boas proteções, para todos aqueles que possam vir em busca de socorro nas nossas casas de Umbanda, nas nossas casas de caridade em todo Brasil.
 
Meus irmãos, este aparelho está velho já com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18, se eu disser que eu o ajudei para que ele pudesse se casar, para que ele não pudesse andar dando cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável, como eu disse na federação e está lá escrito, fui procurar as mediunidades que ele tinha para fazer a nossa Umbanda no Brasil, e todos estes, a maior parte ou todos estes que trabalham em Umbanda se não passaram por esta tenda, passaram por filhos saídos desta tenda que criaram outros terreiros.
 
[...] Eu meu irmão, como o menor espírito que baixou nesta terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita de espíritos que me rodeiam neste momento, que eles sintam a necessidade de cada um e ao saírem deste templo de caridade, que vocês encontrem os caminhos abertos, os vossos enfermos melhorados e curados e a saúde para sempre nas vossas matérias.
Com paz saúde e felicidade, com humildade amor e caridade, sou e serei sempre o humilde Caboclo das sete Encruzilhadas.
 
Obs.: Aqui no final do ultimo parágrafo é possível ouvir a emoção nas palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas, nos parece emoção esta compartilhada com Zélio de Moraes. Temos a sensação, nas ultimas palavras, de que o médium se encontra em lágrimas, algo que igualmente emociona quem tem o privilégio de ouvir este documento vivo de nossa amada Umbanda.
 
[1] Aqui são palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas que em vida foi o Jesuíta, Frei Gabriel de Malagrida, que previu este terremoto, perseguido pelo Marques de Pombal, foi vitima de intrigas que o levaram á fogueira da “Santa Inquisição”, tendo por acusação maior ter previsto este terremoto.
Senhor Deus guia-me em caminhos obscuros, pois assim guiarei os que comigo levam ao mundo seu nome.
Se continuar dúvidas em sua cabeça sobre a umbanda, entre em contato através deste site, no Link “contato” e indique boas matérias sobre a Umbanda.
José Levindo Sobrinho
     Procurador Geral

Mande matérias para: procurador@fedespbrasil-es.org.br
Dentro em breve iremos responder 

UMBANDA
(COMPREENDENDO MELHOR)
<> UMBANDA BRANCA E/OU <>

Sempre questionado o tipo de Umbanda que devo “tocar” no centro que dirijo, mas os questionamentos irão sempre continuar. As adversidades de Entidades Espirituais que fazem parte do nosso panteão é muito grande e, muito adversas uma das outras, vêm daí as famosas intitulações: Umbanda branca, negra, etc. etc. etc...

Um dos grandes pesquisadores da Umbanda, Sandro C. Mattos, definiu muito bem esta tese. Vejamos:
“Muito se fala em não utilizarmos sub-denominações quando nos referimos religião de Umbanda”.


A Umbanda é, sem duvida, uma religião UNA, ou seja, tem uma base ÚNICA, uma ESSÊNCIA PRÓPRIA e seu nome já diz: UM (única) BANDA (lado, parte), porem, dentro da sua singularidade,existem particularidades que diferenciam as diversas instituições quando se diz respeito à sua forma de praticá-la.

No UNO encontramos a “manifestação do espírito para a caridade”, falada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908. E isso pode ser observado até mesmo nas casas que não crêem que o nascimento da Umbanda foi em Neves – Niterói/RJ, com o médium Zélio Fernando de Morais (foto).

No UNO veremos também a presença, sempre marcante, dos Caboclos e Pretos Velhos, a base filosófica e ritualística da religião, com suas formas bem típicas de trabalhar.

Teríamos outras observações a serem colocadas dentro do UNO, do UM da BANDA, mas não podemos deixar de relatar que, assim como aconteceu com outras religiões, a Umbanda cresceu, durante um tempo até de forma desordenada, e, com esse crescimento, novas formas de atuação, visão e conhecimento foram surgindo.

Lembrando que a religião umbandista não tem um livro base, uma única direção literária, ou mesmo uma administração central que rege suas diretrizes ritualísticas, como ocorre em outros seguimentos como o Católico e Espírita, temos, como principal fonte de informações, os ensinamentos baseados no conhecimento das entidades manifestantes nos milhares de terreiros pelo Brasil e mundo afora e a tradição oral somada ao conhecimento adquirido de cada sacerdote em sua vida religiosa, pré e pós seu acesso ao culto umbandista. Se levarmos em conta que cada espírito tem sua individualidade (não existem dois seres idênticos no universo) fica fácil perceber o porquê destas diferenças entre as casas, mesmo dentro de uma base similar. Se lembrarmos que cada entidade tem um grau de conhecimento e elevação espiritual próprios, essas diferenças ficam ainda mais fáceis de serem identificadas. Tudo isso sem esquecer que tratamos com mentores de linhas, falanges e bandas que muitas vezes, em nada ou quase nada se assemelham, tanto nas diretrizes de trabalho, como nas especialidades.

Tudo isso foi colocado, para mostrar que o referido artigo não tem a pretensão de indicar que este ou aquele segmento é o correto, que este ou aquele fundamento é o único, muito pelo contrario, mas sim, o de levar aos irmãos desta maravilhosa religião, um pouco sobre uma das partes que se une a esse conjunto: a Umbanda Branca.

Umbanda tem cor? Na maioria das vezes, essa é a primeira questão colocada, quando se tenta falar em Umbanda Branca. A resposta, do ponto de vista energético, é: claro que tem, e não é só branca, mas sim, a Umbanda vibra em varias cores, dependendo do trabalho realizado.

Então, porque usar o termo, “Branca”? O que fez com esse termo fosse escolhido? Simples: o branco representa a paz, a limpeza (física e espiritual) que todos procuram num templo religioso. É a cor de Oxalá, que nos cultos que possuem influencia afro, é tido como o Orixá Maior. É também a cor que significa justamente a união, pois lembramos que o branco surge exatamente da conjunção das cores. A mesma ainda tem relação com a força que o culto vai trabalhar: a MAGIA BRANCA, que cura, abre caminhos e traz a harmonia aos seres da Criação Divina. Aliás, o termo, Linha Branca de Umbanda não é algo recente, pois vem desde as primeiras décadas do culto no Brasil.

Por essa explicação, caem por terra algumas teorias de adeptos que não praticavam essa linhagem, mas que, mesmo a distancia, indicavam que a mesma seria uma forma preconceituosa de atuar na religião, chegando alguns, inclusive, a mencionar que a mesma seria uma Umbanda de branco, onde não se permitia a presença de negros em seu ritual. No mínimo, uma colocação, infeliz, até porque isso contradiz com o que a própria Umbanda, uma religião miscigenada, que tem como mentores, principalmente, os espíritos de negros e de índios ancestrais. A Umbanda Branca tem e sempre terá espaço para todos aqueles, encarnados e desencarnados, que queriam praticar a caridade, dentro dos padrões ritualísticos que a mesma tem em seus fundamentos básicos, afinal, esse é um dos lemas da Umbanda.

Suas características: muitos indicam que a Umbanda Branca é aquela que não trabalha com Exu, não tem atabaque, não usa fumo. Usar apenas isso como descrição pode ser engano, pois, tudo vai depender do fundamento de cada casa. Mesmo em terreiros que seguem uma pratica similar, dificilmente encontraremos dois centros que trabalham exatamente da mesma forma, até porque, como já foi dito, cada mentor tem identidade, grau de evolução e conhecimento próprios.

Existem casas que aboliram tudo: atabaques, imagens, fumo, colares e guias, etc., mas existem as casas de Umbanda Branca que utilizam umas coisas e aboliram outras.

Entre as principais características que poderiam mostrar que a instituição é da chamada Linhagem de Umbanda Branca, é:

a) não ter em seus rituais a ingestão de bebidas alcoólicas pelas entidades manifestadas;
b) não adotar o uso de fumo pelas entidades ou, quando utilizado, sempre é de forma moderada, nunca ultrapassar os limites do uso especificamente litúrgico e se necessário;
c) não cobrar atendimento espiritual em hipótese alguma, seja passes, consultas ou trabalhos especiais;
d) não praticar sacrifícios de animais;
e) não fazer trabalhos que venham prejudicar terceiros, trabalhos amorosos ou com interesses mesquinhos;
f) ter a preocupação em levar conhecimento do evangelho cristão e da doutrina umbandista;
g) quando possível praticar ações sociais ou assistenciais;
h) não utilizar ou utilizar muito pouco, vestimentas ou paramentos que fujam ao branco ritualístico das vetes;
i) não realizar rituais característicos dos cultos de nação, como recolhimento em camarinhas e catulagem;
j) respeito ao meio ambiente;
k) pode ainda ter influencias marcantes tanto do espiritismo Kardecista, como do Catolicismo (devido a sua base essencialmente cristã), além de absorver conhecimentos da cultura oriental. Especialmente no trato das questões sobre espiritualidade e energia.

No mais, a Umbanda Branca tem tudo aquilo que qualquer outra segmentação umbandista tem, pratica e utiliza, pois como foi dito, a mesma também faz parte do UM desta BANDA que nos envolve.

Ainda assim, pode ter aquele irmão ou irmã que vai perguntar: se existe Umbanda Branca, porque não encontramos a Umbanda Negra? Bom, se a pratica dentro da instituição for mesmo umbandista, não se praticará nada que se refere à Máfia Negra. Se praticar, não é Umbanda, portanto, é obvio que não existe Umbanda negra. Então todas as Umbandas são Brancas? Do ponto de vista da Magia utilizada, sim. Ritualisticamente, não, pois existem outras segmentações dentro deste mesmo UM da BANDA, todos voltados a pratica umbandista, com seus rituais similares entre si, porem, também com suas particularidades.

E quanto ao nome, à denominação; porque utilizá-la se somos todos da mesma BANDA, deste caminho, do UM que nos leva a Deus?

Amigos! Vamos continuar pesquisando. Aguarde!


RELIGIÕES
(O que é a Umbanda)
assunto predominante

É mais uma pesquisa séria que fala sobre o “Ritual da Umbanda”! Com certeza você vai gostar! Leia com bastante atenção.

“O Caboclo das Sete Encruzilhadas fala aos umbandistas”

A Umbanda é uma religião nova, com certeza este ano que passou, completou 102 anos e, já estamos caminhando para os 103. Será no dia 15 de novembro p,v,.
A umbanda é sincrética e absorveu conceitos, posturas e preceitos cristãos, indígenas e afros, pois estas três culturas religiosas estão em sua base teológica e são visíveis ao bom observador.

Existe uma data que consideramos um marco inicial da Umbanda: A manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas no Medium Zélio Fernandino de Moares ocorrida em 1908, deu diferença em ritual diferente do espiritismo e dos cultos de nação dos candomblés de então.

Usa-se em seu ritual, muitas coisas que se faz no candomblé, religiões indígenas, africana e cristã, mas incorporaram conhecimentos religiosos universais pertencentes a muitas outras religiões.

A Umbanda é o sinônimo de pratica religiosa e magística caritativa e não tem a cobrança pecuniária como uma das suas praticas usuais. Porem é lícito o chamamento dos médiuns e das pessoas que freqüentam seus templos no sentido de contribuírem para manutenção deles ou para realização de eventos de cunho religioso ou assistencial aos mais necessitados.

A Umbanda não recorre aos sacrifícios de animais para assentamentos de orixás e não nessa pratica legitima e tradicional do candomblé, um dos seus recursos ofertórios as divindades, pois recorre às oferendas de flores, frutos, velas e água em abundancia, isso quando se faz necessário a preparação de seus membros.

A Umbanda não aceita a tese defendida por alguns adeptos dos cultos de nação que diz que só a catulagem de cabeça e só o sacrifício de animais é possível as feituras de cabeça (coroação do médium) e o assentamento dos orixás, pois, para a Umbanda, a fé é o mecanismo íntimo que ativa Deus, suas divindades e os guias espirituais em benefício dos médiuns e dos freqüentadores dos templos.

A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda e suas praticas ofertórias, são isentas de sacrifícios de animais, são uma reverencia aos Orixás e aos guias espirituais, recomendando-as aos seus fieis, pois são mecanismos estimuladores do respeito e da união religiosa com as divindades e os espíritos da natureza ou o que servem dela para auxiliarem os caminhos.

A Umbanda não é uma seita, e sim uma religião, ainda meio difusa devido à aceitação maciça de médiuns cujas formações religiosas se processaram em outras religiões e cujo usos de costumes vão sendo diluídos muito lentamente para não melindrar os conceitos e as posturas religiosas dos seus novos adeptos, adquirindo fora da Umbanda, mas respeitado por ela.

A Umbanda não apressa o desenvolvimento doutrinado dos seus féis, pois tem no tempo e na espiritualidade dois ótimos recursos para conquistar seus corações e a mente dos seus fieis.

A Umbanda tem na mediunidade de incorporação a sua maior fonte de adeptos, que são: incorporações parciais ou totais. A Umbanda é procurada por pessoas possuidoras de faculdades mediúnicas, principalmente a de incorporação.

A Umbanda tem na mediunidade de incorporação o seu principal mecanismo de pratica religiosa, pois, com seus médiuns preparados assiste a seus fieis, auxilia na resolução de problemas grave ou corriqueiro, todos tratados com a mesma preocupação e dedicação espiritual e sacerdotal.

A Umbanda é uma religião espírita e espiritualista. Espírita porque está em parte fundamentada na manifestação dos espíritos e guias, e espiritualista porque incorporou conceitos e praticas espiritualista (referente ao mundo espiritual) tais como magias espirituais e religiosas, culto aos ancestrais divinos, culto religioso aos espíritos superiores da natureza, culto aos espíritos elevados assencionados e que retornam como guias – chefes, para auxiliar a evolução das pessoas que freqüentam os Templos de Umbanda.

A Umbanda por ser sincrética, não alimenta em seu seio segregacionismo religiosos de nenhuma espécie e vê as outras religiões como legitimas representantes de Deus. E vê todas como ótimas vias evolutivas criadas por Ele para acelerarem a evolução da humanidade.

A Umbanda não adota praticas agressivas de conversão religiosas, pois acha estes procedimentos uma violência consciencial contra as pessoas, preferindo somente auxiliar quem adentrar em seus templos. O tempo e o auxilio espiritual desinteressados ou livres de segundas intenções tem sido os maiores atrativos dos fieis umbandistas.

A Umbanda crê que sacerdotes que exigem a conversão ou batismo obrigatório de quem procuram (pois só assim poderão ser auxiliados por eles e por Deus) com certeza são movidos por segundas intenções e, mais dia menos dia, as colocarão para quem se converteu para serem auxiliados por eles.

(veja famosos pastores mercantilistas eletrônicos ou alguns supostos sacerdotes de cultos que vivem dos boris e dos ebós que recomendam incisivamente aos seus fieis, tornando-os totalmente dependentes dessas praticas caso queriam algum auxilio espiritual ou religioso).

A Umbanda prega que os espíritos elevados (os seus espíritos guias) são dotados de faculdades e poderes superiores ao senso comum dos encantados e tem neles um dos seus recursos religiosos e magísticos, recorrendo a eles em suas sessões de trabalho e tendo neles um dos seus fundamentos religiosos.

A Umbanda prega que as divindades de Deus (os Orixás) são seres Divinos dotados de faculdades e poderes superiores aos dos espíritos e tem nelas um dos seus fundamentos religiosos, recomendando o culto a elas, já que são indissociadas da natureza terrestre ou Divina de tudo o que Deus criou.

A Umbanda prega a existência de um Deus único e tem sua crença o seu maior fundamento religioso, ao qual não dispensa em nenhum momento nos seus cultos religiosos e, mesmo que reverencie as divindades, os espíritos da natureza e os espíritos ascencionados (os guias – chefes), não os dissociam D’Ele, o nosso Pai e Nosso Divino Criador.

Teto extraído e condensado do livro:
“Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada”
De Rubens Saraceni.


CANDOMBLÉ NO BRASIL
(COMO SE VÊ HOJE NO CONTEXTO GERAL)


Os navios negreiros que chegaram entre os séculos XVI e XIX traziam mais do que africanos para trabalhar como escravos no Brasil Colônia. Em seus porões, viajavam também uma religião estranha aos portugueses. Considerada feitiçaria pelos colonizadores, ela se transformou, pouco mais de um século depois da abolição da escravatura, numa das religiões mais popular no país.

Assim dizia os apreciadores do candomblé na época: quem gosta de cachaça é Exu. Quem veste branco é Oxalá. Quem recebe oferendas em alguidares (pratos de cerâmica) são orixás. E quem adora os orixás são milhões de brasileiros. O candomblé, com seus batuques e danças, é uma festa. Com divindades geniosas, é a religião afro-brasileira mais influente no país.

Não existem estatísticas que dêem o número exato de fies. Os dados variam. Segundo o Suplemento sobre Participação Político-Social da Pesquisa Nacional por amostra de Domicílio, do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), em 1968, 0,6% dos chefes de família (ou cônjuges) seguiam cultos afro-brasileiros. Um levantamento do Instituto Gallup de Opinião Publica, no mesmo ano, indicou que candomblé ou umbanda era a religião de 1,5% da população.

São índices ridículos se comparados à multidão que lota as praias na passagem de ano, para homenagear Iemanjá, a orixá (Deusa) dos mares e oceanos. Elisa Callaux, gerente de pesquisa do IBGE, explica por que, tradicionalmente, os índices dos institutos não refletem exatamente a realidade: “Os próprios fieis evitam assumir, por medo do preconceito.” Ela tem razão. A mais celebre mãe-de-santo do Brasil, Menininha do Gantois, falecida em 1986, declarou certa vez ao pesquisador do IBGE que era católica Apostólica Romana.

De seu lado, a Federação Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Fenatrab) desfia ostensivamente as cifras oficiais e garante haver 70 milhões de brasileiros, direta ou indiretamente, ligados aos terreiros – seja como praticante assíduo seja como cliente, que ocasionalmente pedem uma bênção ou um “serviço” ao mundo sobrenatural.

Você pode achar um exagero, e talvez seja mesmo, mas terreiro é o que não falta. Em 1980, num convenio da Prefeitura de Salvador com a Fundação Pró-Memoria, o antropólogo Ordep Serra, da Universidade Federal da Bahia, concluiu um mapeamento dos terreiros existentes na região metropolitana de Salvador. Eram 1.200. “Hoje são muito mais”, assegura Serra.

Mais recentemente, o instituto de Estudos da Religião (ISER) verificou que 81 novos centros “Espíritas” (englobando cultos afro-brasileiros e Kardecismo) haviam sido abertos no Grande Rio de Janeiro no ano de 1991, e que em 1992, surgiram outros 83. o Sociólogo Reginaldo Brandi, da Universidade de São Paulo, contou em 1984, 19.500 terreiros registrados nos cartórios da capital paulista.

Onde tem terreiro, tem festa. Por isso, para levar você ao mundo do candomblé, super começa por convidá-lo para uma festa no terreiro. Agora, você conhecerá em detalhes um dos fenômenos mais impressionantes da civilização brasileira.

Segundo os pesquisadores do candomblé do Espírito Santo, existem dentro das seguintes proporções: dividido por nações (tribos) o mais predominante é o de Ketú seguido por Angola e Gegê. Estas tradições tribais fazem parte do grande panteão de nações existentes no Espírito Santo. Sendo que há 40 anos atrás, este estado ainda engatinhava em termos de candomblé. Com o surgimento da Federação Espírito-santense de Cultos e Entidades Afro-Brasileiro que, lamentavelmente, deixou de existir, foi a pioneira em receber filiados e preparar novas casas de cultos com rituais abrangentes tendo em vista o seu antigo Presidente, Senhor Nilton Dario. Hoje em dia, esta situação se encontra amparada pela Federação Espírita do Brasil – FEB que desde a sua fundação vem mantendo o seu CNPJ na condição de ativa desde 1955 quando foi fundada em Niterói, então, capital do Estado do Rio de janeiro.

Veja o que aconteceu na Bahia:

O barracão está pronto: a festa vai começar

São nove horas da noite. Os tocadores de atabaque, chamados alabês, estão a postos em seus lugares. O público — cerca de 40 pessoas — aguarda em silêncio, acomodado em bancos rústicos de madeira. Os homens, na fileira à direita da porta. As mulheres, do lado esquerdo. Separados, para evitar um eventual namoro. Afinal, ali não é lugar para isso. Estamos num templo do candomblé, a Casa Branca, em Salvador, Bahia, o pioneiro do Brasil, fundado em 1830. A festa (que pode ser comparada a uma missa católica) vai homenagear Xangô, o deus do fogo e do trovão.

O barracão foi decorado durante toda à tarde. O teto de telha-vã foi escondido por bandeirolas brancas e vermelhas — as cores de Xangô. As paredes estão enfeitadas de flores e folhas de palmeira de dendê desfiadas. Vai começar o toque, como é chamada a festa de candomblé noBrasil. Ela é aberta a todos os orixás (deuses, que também podem ser chamados de santos) que quiserem homenagear Xangô.

O que o público vai assistir é parte de um ritual que começou horas antes. Na madrugada, os filhos-de-santo fizeram o sacrifício para o orixá homenageado. Nas primeiras horas da manhã, os filhos-de-santo prepararam a comida. Durante a tarde, foi feita a oferendaaos deuses, e Exu, o mensageiro entre os homens e os orixás, foi despachado. Entenda melhor essa preparação.

Com certeza a historia do candomblé no Brasil irá continuar neste Link, é só aguardar enquanto fazemos novas pesquisas.

















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